Todo dia é dia de resistência no assentamento Zé Maria do Tomé em Limoeiro do Norte. Este nome foi em homenagem ao líder Zé Maria do Tomé que morreu defendendo a terra contra a chuva de agrotóxicos despejadas pelos aviões do agronegócio em cima das casas dos pequenos agricultores e sobre as plantações orgânicas da agricultura familiar.
Em uma emboscada o ambientalista Zé Maria do Tomé foi morto e no dia seguinte, 21 de abril de 2010, o seu corpo foi encontrado com mais de 20 tiros. Morria um homem, mas o seu ideal permanece na luta de homens mulheres e crianças que hoje fazem do assentamento Zé Maria do Tomé a luta pela sobrevivência com honra e trabalho.
As forças fascistas adormecidas se levantaram e avança sobre os mais necessitados, o agronegócio que mata com os seus venenos e armas bélicas avançam sobre a agricultura familiar.
Ninguém está salvo, todos nós somos vítimas deste sistema perverso que destrói e escraviza os homens da lida. A terra não cumpre seu papel social e o Estado aborta seus filhos para proteger o algoz. Resistir é uma necessidade, quando ameaçam nossas casas e nossas vidas!
Quando completa quatro anos, o Assentamento Zé Maria do Tomé sofre uma nova ofensiva, uma ordem de despejo era para ter sido cumprida nesta quarta-feira 21 de novembro de 2018. Lembrando que este não é o primeiro mandado de despejo!
O assentamento Zé Maria do Tomé se encontra localizado no Perímetro Jaguaribe Apodi, que foi implantado em 1980. Onde um processo de expropriação, expulsão e desmantelamento da produção de cerca de 6 mil famílias da região, que antes produziam alimentos e mantinham relações de identidade com o território.
Destes, apenas 316 agricultores conseguiram entrar na I etapa do projeto irrigado, 255 foram expulsos, ou seja, o equivalente a 81% de expropriação, segundo estudo realizado pela Universidade Estadual do Ceará/FAFIDAM. Esse processo levou a luta desses agricultores pelo acesso a terra.
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quarta-feira, 21 de novembro de 2018
ASSENTAMENTO ZÉ MARIA DO TOMÉ SOFRE NOVA AMEAÇA
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