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sábado, 6 de maio de 2017

A TRAJETÓRIA DE VILANI OLIVEIRA: ACLAMADA PRESIDENTA DA CONFETAM PARA O TRIÊNIO 2017/2020




Vamos conhecer um pouco da trajetória politica desta negra guerreira, estamos falando da Professora Vilani Oliveira aclamada durante o VI Congresso Nacional Ordinário da Confetam/CUT que reuniu, nos dias 29 de 30 de abril, em Recife (PE), 291 delegados de 22 estados e do Distrito Federal.


A professora Vilani Oliveira foi eleita pela primeira vez em 2013 para presidência da Confetam (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal) no V Congresso da Confetam realizado em Beberibe- Ceará, onde estavam presentes lideranças dos servidores municipais de todo o Brasil que definiram a nova direção da entidade.



A Professora Vilani Oliveira é Presidenta da Confetam/CUT representação máxima dos servidores municipais em nível nacional , reunindo 17 federações em sua composição. Ao todo, são aproximadamente 1,4 milhões de trabalhadores reunidos em 842 sindicatos filiados na luta pelo trabalho decente e pelo Serviço Público de qualidade, principal bandeira da Confetam/CUT.



Vilani de Sousa oliveira (56) nascida em 06 de agosto de 1960 em Caucaia é filha de pessoas humildes, o pai era caseiro de um sitio, onde morava com a esposa e 12 filhos de favores, a mãe além de cuidar dos filhos era lavadeira, mas certo dia sem nenhuma explicação, o proprietário resolveu expulsar seu pai com toda família do sítio.


A Professora Vilani Oliveira tinha 13 anos quando ela e seus pais foram expulsos da terra onde moravam de favores. Sem tern onde morar a família foi se abrigar na favela da Vila União em um terreno cedido pela avó, próximo ao aeroporto Internacional Pinto Martins.

A lagoa da Vila união serviu de local de trabalho para a sua mãe completar a renda família. Aquela lagoa antigamente reunia muitas lavadeiras de roupas as suas margens, era como se fosse uma lavanderia pública.

Quando a avó morreu os herdeiros venderam o terreno, e com o pouco dinheiro que coube a cada herdeiro, o pai comprou um terreno, e construiu uma humilde moradia na favela do quilometro 8, conhecido hoje como Couto Fernandes.

O pai analfabeto de ‘pai e mãe’ como se dizia antigamente, e sem nenhuma instrução técnica foi para construção civil trabalhar de servente de pedreiro. Infelizmente a família sofreu um grande trauma quando seu genitor, o servente de pedreiro da construção civil e Trabalhador da Construtora Nossa Senhora de Fátima foi atropelado na Avenida Bezerra de Menezes, próximo ao Instituto do Cegos e teve morte na fatídica tarde quando regressava do trabalho com destino ao lar.

Foi no quilometro 8 que Vilani Oliveira desenvolveu sua juventude e adolescência. Desde jovem engajada nos movimentos sociais, a associação dos moradores do quilometro 8 foi a sua porta de entrada para a luta de classe.

Integrada ao movimento social na Associação de Moradores do quilometro 8, Vilani Oliveira logo ao concluir o 2º grau no ano de 1978 foi ensinar na escolinha comunitária da comunidade como voluntaria.

Vilani Oliveira no ano de 1979 em plena ditadura se integrou literalmente aos movimentos sociais. A favela onde morava sofreu uma ação de despejo violenta, sendo a ação de despejo mais violenta na época em toda América Latina, inclusive o o Sr. Mardonio Presidente do Conselho de Moradores do quilometro 8 levou um tiro e ficou paraplégico.

Durante a desocupação da favela onde morava no quilometro 8, a Professora Vilani Oliveira conheceu duas pessoas que iriam lhe inspirar para as lutas que ainda tinha por vir. Foram Rosa da Fonseca e Maria Luíza solidarias na luta contra o despejo da favela do quilometro a fonte de inspiração da Professora Vilani Oliveira..

Inspirada em Rosa da Fonseca e Maria Luiza, a Professora Vilani Oliveira se engajou em lutas mais amplas, conhecendo o sentido das desigualdades sociais.

No Movimento das Mulheres cearenses a Professora Vilani Oliveira fez suas primeiras formações politicas, e por muito tempo foi Presidenta das Entidades de Bairros e Favelas em Fortaleza. Sempre na luta liderou grandes movimentos na cidade, onde ocorreram fortes embates, inclusive com o hoje Senador Tasso Jereissati.

Na década de 80, Vilani Oliveira foi trabalhar no comercio de Fortaleza, passando por ajudante de costureira na Indústria Mundica Paula no Bairro do Montese e professora na rede particular antes de ser funcionária pública da Prefeitura de Maracanaú..

Em 1992 Vilani Oliveira presta concurso para professora da rede pública de ensino do município de Maracanaú, onde foi aprovada.

A Professora Vilani Oliveira tem a militância social nas veias, logo que passou no concurso público para professora da rede municipal de Maracanaú fez a disputa para Presidência do Sindicato dos Professore de Maracanaú (SUPEMA), até então controlado por pessoas ligadas a Prefeitura.

Pelo seu destaque a frente do Sindicato dos Professores do Município de Maracanaú (SUPREMA), a Professora Vilani Oliveira foi chamada para integrar a Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), e posteriormente foi convidada para disputar a presidência da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT), sendo eleita para o triênio 2014/2016, e hoje reeleita para o triênio 2017/2020. A Professora Vilani Oliveira foi aclamada e empossada durante o VI Congresso Nacional Ordinário da Confetam/CUT que reuniu, nos dias 29 de 30 de abril, em Recife (PE), 291 delegados de 22 estados e do Distrito Federal.

Avó e mãe de três filhos, Vilani Oliveira é formada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), pós-graduada em Educação de Jovens e Adultos pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Ceará (IFCE).

Para a professora Vilani Oliveira o Curso de Extensão na História do Sindicalismo Internacional realizados pela UNICAMP, e o Curso de Identidade de Gêneros realizado em convênio do Sindicatos dos Comerciários com a Universidade Federal do Ceará (UFC) são os dois mais importantes da sua vida.

Vilani Oliveira foi convidada para participar de várias mesas, inclusive internacionais, sendo destaque recentemente a sua participação na mesa do Seminário sobre Justiça Fiscal em uma atividade organizada pela Internacional do Serviço Público, e em Porto alegre (RS), ela participou de uma mesa com o mesmo tema junto com oito palestrantes de 8 (oito) países.


A Professora Vilani Oliveira foi homenageada na Assembleia legislativa do Estado do Ceará por meio de requerimento da deputada estadual Raquel Marques (PT), em uma sessão solene pelo dia do professor.


























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