O braço curto da Prefeitura de Maracanaú não alcança os grandes grileiros de terras urbanas , mas ele é longo, quando famílias carentes ocupam o espaço público no sentido de garantir a moradia.
Casos de uso da força do aparelho repressor da Prefeitura de Maracanaú para retirada de famílias carentes é corriqueiro. Em novembro de 2015 na comunidade da Colônia Antônio Justa, a Guarda Municipal garantia a derrubada de algumas moradias, diga de passagem sem nenhuma ação Judicial. E assim os casebres levantados as duras custas por pessoas carentes foram ao chão pela força do trator que por pouco não ocasionou uma tragédia. Uma mãezinha dormia com sua filhinha, enquanto o trator investia para cima da sua morada, foi quando as pessoas que ouviram o choro de uma criança que vinha de dentro da casa, correram para cima da máquina gritando: para o trator tem uma criança dentro do barraco chorando!O trator foi contido, mas a ação não impediu que aquela família ficasse sem a morada.
No Jardim Bandeirantes em março de 2015 quando da ocupação que tinha a frente o Movimento dos Trabalhadores Sem terra (MTST), a terra em questão ficava abaixo do linhão da CHESF, mesmo assim apareceu uma Imobiliária reivindicando a posse. Naquela ocupação denominada Bandeira Vermelha jagunços agindo com os mesmo mudus operandi utilizado na ocupação Terra Prometida passaram por cima dos barracos com tratores e mais de 50 jagunços com balacravas tocavam o terror nas pessoas da ocupação, tudo isso no mesmo horário que fizeram o terror na Terra Prometida, também as 3 horas da manhã. Desta vez não foi vista a presença da guarda municipal de Maracanaú.
A valorização das terras em Maracanaú talvez seja um dos motivos do aparecimento de tantos jagunços em Maracanaú. Eles estariam aqui no intuito de garantir as terras públicas para seus senhores, já que a valorização desta áreas numa cidade com 105,696 km² e o crescimento populacional estrondoso nos últimos anos atraiu muitos especuladores. Juntado a tudo isso, tem o mau uso de áreas adquiridas por empresários com subsídios do governo e não chegaram a concretizar seus empreendimentos.
A política habitacional também tem deixado muitas famílias carentes de fora do programa habitacional, e Maracanaú hoje possui em seus cadastros 10.010 famílias esperando uma moradia. Uma boa parte destas famílias poderiam está hoje morando em uma das habitações do PMMVM, se não fosse a venda, o aluguel e a ocupação destas moradias por pessoas que fogem as regras do programa, isto tudo foi denunciado ao MPF.
Na Colônia Antonio Justa, no Jari, no Alto Alegre, em qualquer parte da periferia desta cidade rica de um povo pobre não são os mais carentes, os que se beneficiam com vastas áreas públicas. Amigos da gestão ganham áreas por decretos, e os que não ganham simplesmente invadem, e para estes não há rigor da lei. Não ha Guarda Municipal com sua força que só chega aos pobres, para impor a lei, e fazer com estes desocupem as terras pública..
Invadir casa de cidadão na madrugada é prática da Guarda Municipal de Maracanaú:
E a pergunta que fica: por que jagunços armados estariam andando lado a lado com a guarda municipal de Maracanaú?
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