Páginas

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

O VEREADOR JÚLIO CÉSAR COSTA LIMA É O RELATOR DO PEDIDO DE CASSAÇÃO DE ALMIR DUTRA



Já no dia 14 de fevereiro de 86, eis que Almir Dutra era tomado de surpresa com o pedido de cassação do seu mandato, movido pela denúncia vazia e despropositada do Sr. José Riomar dos Santos, mas, a meta era desequilibrar Almir Dutra, àquelas alturas, sem o seu escudeiro maior, o Prof. Manoel Alcides.

Antevendo até aquela situação, o Prof. Manoel Alcides foi estar com o então Dep. Nonato Prado, ocasião em que lhe disse, de forma dura, ser ele o responsável, não só pelo apoio político, como também, pelo sucesso da administração de Almir Dutra. Convidou o Prof. Manoel Alcides, para o Dep. Nonato Prado, fosse até Maracanaú, tentar ajudar Almir, inclusive, tentando o apoio da Vereadora Agacil Camurça, como de fato vá vinha, pois, já tinha sido contactada pelo Prof. Manoel Alcides, mesmo fora da sua missão política, afastado que estava da Chefia do Gabinete de Almir Dutra. Quando almoçavam juntos no distrito de Pajuçara, o Dep. Nonato Prado, pediu ao Prof. Manoel Alcides. “vá a Maracanaú e veja se é possível falar com a Vereadora D. Agacil Camurça.” Era dia se sessão legislativa. Ao entrar no recinto da Câmara Municipal, Prof. Manoel Alcides, sentiu um forte impacto emocional, estava sendo lido o pedido de cassação de Almir Dutra. O Prof. Manoel Alcides voltou em disparada para onde estavam Almir Dutra e o Dep. Nonato Prado e lhes deu a noticia. Era quase inacreditável. Almir Dutra, ficou pasmo e como reagia sempre com altivez, levantou-se e disse: vou provar minha inocência.

A denúncia foi recebida, formada a Comissão processante e teve como relator, exatamente, o Vereador Júlio César Costa Lima, adversário político inconciliável de Almir Dutra, pelas pretensões políticas que tinha o Vereador Júlio César, como candidato a prefeito no próprio pleito eleitoral, e sabia ele, que Almir Dutra, era um osso duro de roer. Era como cinza que fazia renascer um grande fogo, como a babugem que um pouco de orvalho, começa a brotar.

Almir Dutra, disposto a provar sua inocência, apresou o andamento do processo, com a apresentação rápida da defesa e do depoimento das suas testemunhas. Era o que queria os seus adversários. O Prof. Manoel Alcides, frise-se, mesmo afastado da chefia do Gabinete de Almir, tornou a si a tarefa de coordenar as ações de Almir Dutra, neste caso, e o recomendou a salvar o seu mandato, porque perante a Câmara Municipal, era impossível, diante da resistência manifestada, citando inclusive, o telefonema que dera para o Vereador Júlio César, rogando-lhe por Almir, para arquivar o processo por falta de fundamentação legal e por ser apenas um ato de perseguição política, mas sentiu que a disposição era mesmo de afastar Almir Dutra. Foi, então, que o Prof. Manoel Alcides, persuadiu junto a Almir Dutra, que convencesse ao Dr. Gaspar Brígido, que aceitasse a peça jurídica a ser elaborada pelo gênio da sabedoria jurídica, o famoso “Dr. Paixão”, assim considerado, mesmo sem ser advogado. O Dr. Gaspar Brígido, depois de algumas relutâncias aceitou.

Foi o Prof. Manoel Alcides, que diligenciou, com carinho, todas as etapas de tramitação da ação cautelar perante a Justiça de Maranguape, desde o momento da tramitação do seu ingresso na distribuição, pois, a ação deveria ser dirigida para o Dr. Wilton Machado, conhecedor da política de Maracanaú, como juiz presidente das eleições municipais de 84, e como a movimentação era pequena, o Prof. Manoel Alcides, ia 3 a 4 vezes por dia dar entrada na ação, ficou o Prof. Manoel Alcides, vigilante na decisão do M.M.Juiz, indo continuamente a Maranguape, porque, a Comissão Processante, já tinha encerrado a instrução e já separava o Relatório final, com a marcação, inclusive, da sessão de julgamento de Almir, tudo em tempo muito rápido.

Vencia mais uma vez, Almir Dutra. O MM juiz de Maranguape concede a liminar, e o Prof. Manoel Alcides, mais veloz do que bala de canhão, apanhou o Oficial encarregado do mandato de suspensão da sessão, Sr. Brito Nascimento, e se dirigiram ao Vereador José Bento, Presidente da Câmara, para suspender a sessão, já marcada para duas horas antes de chegar-lhe o mandato às mãos. Mais uma vez, os adversários ficaram irados com o Prof. Manoel Alcides, por essa atitude, pensando que estava distante, mas, como sempre, era o próprio anjo político da guarda de Almir Dutra. Desta ação, nasce, o contrato de assessoria do Prof. Manoel Alcides a Almir Dutra, com data de 2 de fevereiro de 86 (nos autos), para dar respaldo legal aos desejo de Almir, de pagar os serviços do Prof. Manoel Alcides.

Afastar Almir das eleições de 86, de qualquer jeito era uma decisão inarredável!

Esse texto é parte da sinopse da história política de Maracanaú, ainda em rascunho, que enfeixará um livro com demais peças, mas necessárias e suficientes para se situar nos fatos lá ocorridos de 1984 até o dia 27 de fevereiro de 87, quando covardemente assassinara Almir Dutra.

Transcrito conforme o original.

Nenhum comentário:

Postar um comentário