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sábado, 10 de novembro de 2018

COLÔNIA ANTÔNIO JUSTA: OCUPADA POR UNS, INVADIDA POR OUTROS.




Colônia Antônio Justa: Ocupada por uns, invadida por outros.

O Bairro da Colônia Antônio Justa localizada em Maracanaú é um lugar de contrastes sociais. Ocupada por aqueles que precisam de um lugar para morar, também foi invadida por especuladores imobiliários, gente gananciosa e oportunista atrás de aferir lucro fácil, gente que até dos espelhos d´água existente no lugar fizeram baia para exercitar cavalos.


A invasão é uma coisa feia feita por verdadeiros assaltantes da coisa pública, pessoas que usam a terra para criar latifúndios e aferir lucro daquilo que não lhe pertencem. Diferentemente de ocupação que tem na prioridade a necessidade de moradia, a terra para plantar e viver em um Brasil de desigualdade mil. A Colônia Antônio Justa tão perto do prédio da Câmara Municipal de Maracanaú e tão longe dos olhos dos 21 vereadores da casa.





Neste contexto de abandono pelo poder público, o Coletivo Antônio Justa presidido por Jaqueline Aquino solicitou uma Audiência pública ao Deputado Estadual Renato Roseno (PSOL). Na audiência realizada no dia 06 de novembro foi discutido entre outros assuntos, a posse da terra, a preservação da memória do lugar, que antes abrigou a Colônia Antônio Justa para pessoas acometidas pela hanseníase.





Hoje os prédios remanescentes do que antes foi um lugar de horrores, preconceitos e cárceres para pessoas atingidas pela hanseníase foram invadidos e alguns vendidos e outros estão alugados. Nem mesmo o cemitério com suas covas históricas (uma delas virgem pertencente ao antigo diretor da Colônia Antonio Justa) )próximas ao leito do Rio Maranguapinho e que no inverno são alagadas foi poupado da ganância do homem.





Era um Cárcere sim, inclusive murado para que as pessoas não fugisse do local! A politica de saúde para os hansenianos, consistia em seu afastamento compulsório da sociedade. Nesta época uma policia sanitária foi criada e encarregada de descobrir pessoas acometidas pelo Mycobacterium leprae, essas pessoas eram violentamente arrancadas de dentro de seus lares e separadas do seio de seus familiares, e seus filhos levados para adoção.





O processo de tombamento dos prédios foi provocado pelo Coletivo Antônio Justa com a colaboração do Escritório de Direitos Humanos e Assessoria Jurídica Popular Frei Tito de Alencar - EFTA atua na perspectiva de enfrentamento às violações de direitos humanos e pela democratização do acesso à justiça, lançando mão de práticas jurídicas alternativas, voltadas para a educação popular e para a assessoria jurídica a comunidades, entidades, grupos, movimentos sociais e sujeitos cujos direitos humanos foram historicamente negados.




Algumas lideranças sindicais de Maracanaú estiveram presentes como a Presidenta do Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação no Município de Maracanaú (SUPREMA) e a Presidenta da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (CONFETAM), a professora Joana Lopes e Vilani Oliveira respectivamente, esta lançou uma proposta de construção de um memorial na Colônia Antônio Justa.






Um comentário:

  1. Hoje foi um dia de Muito conhecimento,
    nao sabia como se formou o bairro colonia e etc...
    hoje fiquei bastante surpresa...
    Parabéns Bairro Antonio justa pelo aprendizado..

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