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quarta-feira, 7 de agosto de 2019

QUEM É RAINHA NUNCA PERDE A MAJESTADE



Há alguns dias me sinto tentada a falar de um assunto sério, infelizmente recorrente e altamente revoltante. Quero falar sobre alguns tipos de violência que sofremos pelo simples fato de sermos mulheres. São situações pelas quais passamos diariamente, e, que se não nos posicionarmos, continuaremos sendo alvos do machismo e do preconceito que nos cerca e os agressores permanecerão impunes e até protegidos por quem deveria ser exemplo de retidão, caráter e ética.

Piadinhas e insinuações também são violências e não podemos aceitar, em lugar algum, e nem de ninguém, seja quem for.

Ser constrangida de qualquer maneira, no trabalho, no restaurante, na rua ou em casa é inadmissível e precisamos ter a coragem de desmascarar homens machistas, que abusam de poder e/ou de força causando profundas sequelas na vida de mulheres em todo o mundo.

A cultura do assédio também se faz presente em Maracanaú, embora já tenhamos órgãos que, reconhecidamente, zelam pelos direitos das mulheres. Contudo, não é raro ouvirmos comentários debochados do tipo “Ah, tá separada, então posso pegar!” “Tá num bar com as amigas, está bêbada!” “Ela dança até o chão, posso passar a mão!” “As outras aceitam, por que você não?” “Você trabalha aqui graças a mim!”

Eu mesma já fui vítima em situações parecidas recentemente, por isso minha indignação! Resolvi aproveitar meu intervalo de almoço para fazer essa reflexão. O machismo é perpetuado também por nossa omissão, que talvez por ameaças, ou por julgarmos ser irrelevante, ignoramos gritos de socorros e desconfortos.

Precisamos enfrentar o machismo, conscientizando sobre o caráter nefasto do assédio moral e sexual em qualquer ambiente! Mas precisamos, principalmente, do apoio do poder público, que tem obrigação de se posicionar com rigor nos casos existentes!

Nós não somos obrigadas a suportar galanteios e assédios de toda sorte, perpetrando-se a falsa premissa de que elogios e cantadas não são agressões e, por isso, são socialmente aceitas. Essas práticas reforçam a cultura do assédio, e pior, culpabilizam as vítimas e caminham, lado a lado, com os outros tipos de violências mais graves!


kamilelfreitas





Um comentário:

  1. Maravilhosa, começo a adimira-la pela força feminina que cada vez mais apresenta ter. Empoderada!

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