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terça-feira, 19 de abril de 2016

O PERFIL DO GOLPISTA DANILO FORTE (PSB)




O PERFIL DE UM GOLPISTA POR PAULINHO OLIVEIRA


É duro ver que, hoje, um dos principais quadros do Partido Socialista Brasileiro pode ser tudo, menos socialista. Mais duro ainda constatar que Danilo Forte pode ser tudo, menos honesto.

O beijo na mão de Dilma Rousseff retratado na foto mostra a que ponto chega a hipocrisia na política nacional. A boca que beija a mão é a mesma que vomita o sim ao golpe na sessão de 17 de abril.

Tudo o que quer Danilo Forte, entretanto, é salvar sua própria pele. Investigado por improbidade administrativa, já tendo sido acusado de tráfico de influência quando dirigente da FUNASA - Fundação Nacional de Saúde, Forte mantém ligações por demais suspeitas com magnatas da madeira, do arroz, da construção civil e da mídia. Tem relações estreitas com a direita mais reacionária, de modo que fica difícil entender como o governo petista abrigou, por tanto tempo, esse elemento nocivo em sua área de influência.

Francisco Danilo Bastos Forte tem duas formações: é engenheiro e advogado. Começou na política filiando-se ao PMDB em 1982. Em 2001, migrou para o PC do B, permanecendo ali por sete anos, período em que integrou o governo Lula como assessor da liderança do governo no Congresso Nacional e do Ministério da Articulação Política, como também chegou à FUNASA, sendo seu diretor-executivo. No período, viajou bastante. Só em 2006, segundo o TCU, utilizou recursos públicos para viajar a passeio e a negócio 47 vezes, 28 para o Ceará. Passou quatro dias de novembro em Montevidéu, Uruguai. Mas, ao invés de receber 4 diárias, foram-lhe pagas 5,5. Esse e outros casos de irregularidades renderam a Danilo o Inquérito 3873, que, no entanto, foi arquivado pelo ministro Luiz Fux, a pedido da Procuradoria Geral da República.

Em 2007, já de malas prontas para retornar ao PMDB, foi alçado à presidência da FUNASA, onde permaneceu até 2010, ano em que foi eleito deputado federal pela primeira vez, com cerca de 100 mil votos. Durante o tempo em que presidiu a FUNASA, Danilo Forte se envolveu em outro escândalo, apontado como facilitador de liberação de recursos para obras fraudulentas de saneamento básico em Tocantins. Por conta disso, está sendo investigado criminalmente pela Polícia Federal (Inquérito 3317) e é réu em uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal (processo 9509-34.2013.4.01.4300/TO).

Danilo Forte é empresário do ramo da construção civil. É sócio da Poncar Construção. De 2010, quando foi eleito pela primeira vez, a 2014, quando foi reeleito com mais de 180 mil votos, seu patrimônio declarado à Justiça Eleitoral cresceu quase 18%, chegando a mais de 2,8 milhões de reais.

A campanha de reeleição de Danilo Forte custou quase 2,5 milhões de reais. Empreiteiras envolvidas na Operação Lava-Jato, como Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, além do banco BTG Pactual, fizeram milionárias doações. Três doadores, entretanto, chamam a atenção.

A empresa Escad Rental, de locação de escavadeiras, sediada em São Paulo, doou 100 mil reais. Seu dono, Eurimilson João Daniel, apoiou abertamente, em seu Facebook, o golpe e tem ligações estreitas com o PSDB de FHC.

Os outros dois doadores que destaco são pessoas físicas. Beto Studart, atual presidente da FIEC, doou 100 mil reais. Já o empresário Juarez Slaviero doou 150 mil reais. Slaviero é o sobrenome de uma das famílias mais ricas do país. Seu grupo empresarial reúne madeireiras em Tocantins, hotéis no Paraná, revenda de automóveis, instituições financeiras e fazenda de criação de arroz. Um dos membros do clã é Daniel Slaviero, diretor do SBT em Brasília e atual presidente da ABERT, a entidade patronal dos meios de comunicação no Brasil.

Com esse currículo nada invejável e as proximidades nada republicanas, o que se pode concluir é que Danilo Forte, mais um traidor de Dilma, votou o sim para encontrar abrigo em um eventual governo Temer, de quem é amigo pessoal. Suas mudanças constantes de partido sugerem ser ele um político oportunista, sempre atrás da primeira oportunidade de se dar bem.

Perfil típico de parlamentar golpista e alheio aos interesses do povo.

2 comentários:

  1. A Câmara dos deputados é comandado por bandidos julgando um prasidenta honesta, são os golpista que no dia segunte a votação o marido foi preso por corrupção, a Brasil vibrou com cada voto sim, e teve os bens bloqueados pela justiça, outro tem que pagar multa e não vai ser preso são todos corruptos

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  2. E viva a democracia num País de corrupto golpista canalhas, vamos lutar pelo nosso votos e pela presidenta Dilma Rousseff e digo não aos torturadores de 64 cadeia é pouco pra esse maldito

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