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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

COLÔNIA ANTONIO JUSTA PASSA POR UM PROCESSO DE HIGIENIZAÇÃO SOCIAL

Em seu famoso ensaio, o francês Louis Althusser, A Ideologia e os Aparelhos Ideológicos do Estado. Althuser argumenta que a sociedade capitalista não se sustentaria se não houvesse mecanismos e instituições encarregadas de garantir que o statuo quo não fosse comentado. Isso pode ser obtido através da força ou do convencimento, da representação ou da ideologia. O primeiro mecanismo está a cargo dos aparelhos repressivos de estado (a polícia, o judiciário); o segundo é responsabilidade dos aparelhos ideológicos do estado (a religião, a mídia, a escola, a família).

Em Maracanaú o pouco espaço físico restante, uma política de habitação que fica a desejar quando deixa de fora pessoas realmente carentes e faz do PMCMV do Governo Federal um negócio na troca de votos, além da grilagem de terras e a doações do restante do espaço para amigos. Isso tudo tem gerado consequências negativas, concretizada no aumento das desigualdades sociais e na falta de garantias sociais para a parcela da população mais humilde da segunda cidade mais rica do Ceará, que infelizmente tem uma população pobre.

Neste momento Maracanaú é um palco de confrontos, além da corrupção em estado de METÁSTASE que se alastrou pelas secretarias da GESTÃO DO FRACASSO, o ambicioso mercado imobiliário numa luta desigual disputa o pouco espaço restante com a população carente não atendida no PMCVM.

Há hoje em curso em Maracanaú uma especulação imobiliária que avança em todas as direções sem poupar os espaços que ainda resta, ou as terras devolutas do estado ocupadas por pessoas carentes.

Além da tomada das terras por vários empreendimentos imobiliários em Maracanaú, o mercado necessita que haja uma valorização desses loteamentos, o que não é possível quando este se faz próximo a favelas.

Então, ai é que entra o aparelho repressor da Prefeitura de Maracanaú! O fato ocorreu no ultimo dia 18/11/2015 na Colônia Antonio Justa. Esta localidade foi criada em dezembro de 1942 com o nome de Colônia de São Bento onde, logo depois passaria a ser denominada de Colônia Antonio Justa. Homenagem póstuma prestada a este médico sanitarista por seus valorosos serviços prestados ao combate à hanseníase, nas primeiras décadas do século XX. Situada em Maracanaú, esta colônia estava destinada a abrigar cerca de 500 doentes do mal de Hansen, “dispondo de excelentes terras para a agricultura e pecuária, contando com um grande açude de capacidade para 6 milhões de metros cúbicos, um extenso canavial bem tratado, pomar e cuidadosas instalações para a criação de aves e outros animais de pequeno porte”. Lugar para onde eram levadas as pessoas acometidas do mal de Lázaro. Lugar que ninguém desejava ir, e até mesmo os familiares das pessoas que ali se encontravam internados evitavam ir.

Vencido o preconceito, a Colônia Antonio Justa passa por um processo de HIGIENIZAÇÃO SOCIAL promovido pela Prefeitura de Maracanaú. Como eu dizia antes, o aparelho repressor da Prefeitura de Maracanaú, deu guarita a uma ação arbitraria da GESTÃO DO FRACASSO na Colônia Antonio Justa. A Guarda Municipal garantiu que na base da força famílias humildes tivessem suas moradias derrubas ao chão pr máquinas da Prefeitura de Firmo Camurça. E até mesmo o material da construção não foi poupado. A pá mecânica depois de derrubar levou no caminhão os caibros e linhas comprados com esforço por aquelas famílias, que mesmo com gritos de apelo pedindo para que o material ficassem não foram atendidas.

A Comissão de Direitos humanos da Assembléia Legislativa precisa intervir em defesa dessas pessoas!

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