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quinta-feira, 14 de novembro de 2024

O SUPOSTO ELO ENTRE UM DEPUTADO FEDERAL JUNIOR MANO DO PL E O ASSASSINATO DO ADVOGADO DI ANGELIS - PARTE I I I

A REINQUIRIÇÃO DO EMPRESÁRIO SUPOSTO MANDANTE DO ASSASSINATO DO ADVOGADO DI ANGELIS

O empresário Ernesto Wladimir Oliveira Barroso na sua reinquirição afirma que recebeu uma ligação telefônica do deputado federal Júnior Mano lhe pedindo dinheiro das emendas dele para a área de saúde...

..Em sua reinquirição, ERNESTO WLADIMIR OLIVEIRA BARROSO disse na presença de seus advogados, Gustavo Sampaio Brasilino de Freitas, OAB/CE 17106, André Eugênio de Oliveira Quezado, OAB/Ce 25992, Sebastião Brasilino de Freitas Filho, OAB/Ce 4703, Adailton Freire Campelo, OAB/Ce11515, que “quando foi preso não prestou em seu depoimento informações trazidas nesta atual oitiva, pois estava alcoolizado e com medo de morrer; que recebeu uma ligação telefônica do deputado federal JÚNIOR MANO(ANTÔNIO LUIZ RODRIGUES MANO JUNIOR) Ihe pedindo dinheiro das emendas dele para a área de saúde; que o interrogando esclareceu que não atuava mais no ramo de cooperativas de saúde, sendo dono apenas de dois Postos de Combustíveis. Que o interrogando lhe negou qualquer quantia em dinheiro. Que então DONIZETE ARRUDA começou a publicar matérias que o desabonassem. Que então, por desconfiar que as matérias publicadas por DONIZETE seriam publicadas por pedido de JÚNIOR MANO, ligou para JÚNIOR MANO, pedindo que parassem as matérias, tendo ele lhe dito que ele corrigiria DONIZETE, pois ele estava se referindo ao interrogando como "ERNANE" .., ocasião em que teve certeza que as matérias que DONIZETE ARRUDA estava publicando em seu desfavor teriam relação com a influência de JÚNIOR MANO. Que é do conhecimento do interrogando e acredita que seja do conhecimento geral a relação entre JUNIOR MANO, DONIZETE ARRUDA e LÚCIO MENEZES. Que então foi procurado por LÚCIO MENEZES para "resolver" as matérias publicadas por DONIZETE contra a sua pessoa. Que soube que LÚCIO MENEZES também teria procurado RODRIGO BEZERRA SEMEÃO para resolver as matérias de DONIZETE, tendo ele veiculado também matérias que atingiam a cooperativa de saúde, em que sua esposa CAMILA se encontra presidente. Que então LÚCIO MENEZES marcou um encontro no Café Viriato, localizado na Rua Oswaldo Cruz, com o interrogando, no qual também estavam presentes MORAES e RODRIGO. Que ficaram numa sala reserva no estabelecimento, sendo recolhidos os celulares do interrogando, de LÚCIO MENEZES e de RODRIGO por um funcionário do Café Viriato. Que só permaneceu na sala o celular de MORAES. Que os demais celulares foram depositados numa gaveta próximo ao caixa do estabelecimento. Que conheceu a vítima nessa ocasião. Que MORAES foi claro que o interrogando teria que pagar uma quantia em dinheiro para que DONIZETE retirasse as matérias que o atacassem dos seus veículos de comunicação. Que MORAES se dirigia apenas para o interrogando. Que MORAES teria proferido diversas vezes que "DONI" só iria retirar as matérias quando interrogando pedisse desculpas a JÚNIOR MANO. Que LÚCIO MENEZES teria dito que o interrogando teria que pagar, pois já teria passado pela mesma situação no passado e só teria resolvido pagando. Que RODRIGO, durante a conversa, estava calado. Que o assunto que estava sendo tratado era com o interrogando e não com ele. Que ficou claro para o interrogando que MORAES falava a mando de DONIZETE ARRUDA. Que no final, MORAES escreveu o valor exigido em um guardanapo :"R$ 1.500.000,00 "reais. Que o interrogando reclamou, pois achou o valor bastante elevado, tendo sido tranquilizado por LÚCIO, o qual se comprometeu a tentar baixar o valor. Que então após esse encontro, LÚCIO teria lhe repassado que teria entrado em contato com MORAES e baixado o valor para R$800.000,00 reais. Que o interrogando teria dito para LÚCIO que ele não teria essa quantia, tendo ficado LÚCIO de arranjar esse dinheiro. Que então LUCIO lhe ligou no dia 27 de abril para lhe entregar essa quantia. Que essa quantia lhe foi entregue por ele próximo a Sabiaguaba, numa sacola da BROOKSFIELD, tendo recebido uma ligação telefônica posterior de LÚCIO no mesmo dia, avisando que MOARES iria se encontrar com ele no dia seguinte às 8 horas da manhã na Padaria Bom do Trigo no Eusébio. Que primeiramente o encontro seria no próprio dia 27 de abril, mas que soube por LÚCIO que não daria nesta data para MORAES. Que o interrogando conferiu que na referida sacola continha o valor acordado. Que pediu um empréstimo no valor de R$ 800.000,00 reais para pagar LÚCIO. Que na noite do dia 27 de abril, a vítima teria lhe ligado, perguntando se estaria tudo combinado para o dia seguinte na padaria, tendo o interrogando confirmado, tendo dito que só poderia ficar até 9 horas da manhã, pois iria viajar. Que então foi ao encontro de MORAES no horário e local marcados e lhe entregou a sacola com o dinheiro. Que quando perguntado o que o interrogando queria falar com a vítima no dia 10 de abril, disse que não se recorda. Que após o encontro na padaria, foram apagadas as matérias veiculadas por DONIZETE contra a sua pessoa. Que após esse fato, não teve mais contato com a vítima. Que soube por meios jornalísticos depois que ela teria sido assassinada…

Continua…