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terça-feira, 3 de abril de 2018

QUANDO A VIDA, IMITA A ARTE




A estória de Romeu e Julieta, uma tragédia escrita entre 1591 e 1595 por William Shaskepeare sobre dois adolescentes cuja morte acaba unindo suas famílias, outrora em pé de guerra nos faz pensar na docilidade de Julieta: ela tem que sempre servil a sua casta patriarcal misógina?

E aí? A tragédia da peça shakespeariano de vez em quando, sai da fantasia para invadir a realidade com a mesma dramaticidade. É quando os personagens se projetam em carne e osso e a arte imita a vida com consequências não menos dramáticas.

Passado mais de cinco séculos Romeu e Julieta tem sido adaptada nos infinitos campos e áreas do teatro, cinema, música e literatura. O diretor Craig Pearce trouxe a obra shaskeperiana para um ambiente contemporâneo, onde as famílias rivais Montecchios e Capuletos são impérios empresárias e as espadas viraram revólveres, tudo política.

Hoje Julieta não é a filha única dos Capuletos, nem Romeu é o filho único dos Montecchios, Mas Julieta continua sendo a protagonista da peça, ela bem mais adulta e talvez empoderada, que dirá isso será as próximas cenas da história.

Nesta sociedade machista patriarcal, onde a mulher só pode ter uma existência, ser subalterna, fazer o papel secundário, ainda lhe cobra a sua subserviência não deixando para ela, a condição de caminhar e explorar novos horizontes.

Qual o papel de Julieta na atualidade, a quem ela deve explicações? Estamos diante de uma Julieta feminista emponderada, que se subjugará a esta sociedade de cultura machista impregnada em homens e mulheres? Se for libertadora a sua formação, acredito que não!

Eu vou terminar plagiando Santos Agostinho, quem é capaz de decifrar a diferença entre o amor e a luxúria, e quem disse que amar é pecado? Será que ser amado não é o que procuramos por toda nossa vida? E quando amamos não somos amado de volta, digo em corpos que ardem em brasa na luxúria? O amor tem muitas falhas, mas temos que se manter afastada das aventuras, eu digo não! A vida é bem curta para se amar pouco, ou um único alguém! Ninguém viverá sabiamente sem cometer loucuras! Não podemos dar créditos a uma sociedade que assumi ideias machistas para tentar explicar as relações afetivas que envolve ritmos incomuns.

Não são amigos aqueles que procuram nos privar do amor!


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