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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

LÊDA DUTRA COM AS RÉDEAS DO GOVERNO ALMIR DUTRA



AS AÇÕES DESENVOLVIDAS EM PROL DE ALMIR DUTRA

O Prof. Manoel Alcides, iniciou uma ofensiva contra adversários de Almir, sequenciando a tomada de uma série de atitudes: As principais delas:

A primeira, nomear o Dr. Dioniso Lapa, como Secretário de Saúde, com a finalidade de trazer apoio do Presidente da Câmara, Vereador José Bento. Assim foi feito e logo em maio, era o Dr. Dionísio Lapa, Secretário de Saúde, Dr. Elmo, era gente muito boa, amigo de pronto. Iniciava, com esta decisão, o natural caminho para que o Dr. Dionísio fosse o candidato a prefeito de Almir, porém, a conselheira de Almir Dutra, não via com bons olhos a chegada do Dr. Dionísio, mas aceitou.

A segunda, o Prof. Manoel Alcides, aconselhou Almir Dutra, a avançar contra as pretensões dos adversários, novamente o aconselha, negociar o apoio de Vianinha. Assim, foi estar com ele na sua fazenda em Quixadá. Ofereceu-lhe vantagens demais. Não aceitou. Desconhecendo a ida de Almir Dutra a Quixadá, no mesmo dia à noite, o Prof. Manoel Alcides foi até o apartamento do Vianinha, situado na antiga Av. Estados Unidos, próximo à Av. Pontes Vieira, Ed. Magna, e fez a proposta a Vianinha, da Secretária de Obras e mais 20% dos cargos comissionados. De saída perguntou-lhe Vianinha: Você vem a mando de Almir? Respondeu-lhe o Prof. Manoel Alcides: não, venho como seu amigo, mas o que aqui acertamos, estará acertado.

Encerrou Vianinha o papo: o Almir esteve comigo hoje a tarde, na minha fazenda em Quixadá e já disse a ele que o meu grupo não faz acordo (era líder do seu rupo, o Vereador Júlio César).

A terceira, foi a residência do Des. José Barreto de Carvalho, sem conhecimento de Almir Dutra, e de demais pessoas, para rogar-lhe, na qualidade de Reitor do processo de ação de anulação da sessão de eleição do Vereador Winston, como Presidente da Câmara Municipal, para que o Eminente Desembargador colocasse o processo na pauta do julgamento, ocasião em que lhe fez um breve relato das dificuldades de Almir Dutra. O Des. José Barreto, prontificou-se em colocar o processo em pauta, recomendando-lhe que aviasse ao advogado da ação para que fosse ao Tribunal, e por ocasião da sessão requeresse a urgência do julgamento. Assim foi feito. Só que o Dr. Gaspar Brígido não fez presente, e chegando lá no Tribunal, o Prof. Manoel Alcides, encontrou os 3: José Raimundo, José Bento (falecido) e José Maria Biquara. Este foi logo perguntando ao Prof. Manoel Alcides: que faz aqui? Respondeu-lhe o Prof. Manoel Alcides: que faz aqui? Respondeu-lhe o Professor Manoel Alcides: vim assistir ao julgamento de um processo de um amigo de Itapagé. Para a sua infelicidade, o Des. José Barreto avistando, chamou um serventuário e mando o mesmo falar com o Prof. Manoel Alcides, e como estavam próximos, os 3 Zé, ouviram quando o emissário disse: O Desembargado está perguntando se o advogado da ação está presente. Os 3 Zé já sabia da novidade. O Vereador José Bento, como sempre mais agressivo, na entrada do Tribunal (antigo prédio na rua Barão do Rio Branco, veio tomar satisfação com o Prof. Manoel Alcides, insatisfeito com aquela atitude, deu-lhe um murro nos peitos. O processo foi julgado com decisão validando a sessão do dia 5 de janeiro, calando a boca dos adversários, que de forma injusta, responsabilizavam ao Prof. Manoel Alcides, pelos tumultos do dia da posse, em 5 de janeiro de 85, Era o interesse contrariado.

O retorno do Vereador Winston Nogueira, em outubro de 86, arrefeceu a luta. Mas só capa. Tudo era Hipocrisia, inclusive, as ações dos adesistas ao esquema de Almir Dutra, pois, tudo era previamente combinado como Vereador Júlio César.

A quarta e mais dolorosa pra Almir Dutra, mas necessária, era viajar para Brasília conduzindo 4 projetos, e na volta, ingressaria com o pedido de licença, por 60 dias, para trabalhar pela candidatura do Dep. Nonato Prado. A orelha de Almir (Profa. Lêda Dutra), ao tomar conhecimento desta gestão, ficou muito injuriada. A concordância de Almir, em aceitar a ideia, inclusive, já tendo pedido ao Dr. Helder Macêdo, que respondia pela pasta do planejamento, a elaboração dos 4 projetos, apesar de evidente, não foi mais forte do que o poder de influência da sua “orelha”. Almir , chamou o Prof. Manoel Alcides, depois, de já ter comunicado do Vice José Raimundo, que mesmo iria assumir por 15 dias a Prefeitura, com o compromisso de debelar a crise, por ter mais jogo de cintura e melhor relacionamento com os aliados do Vereador Júlio César, e perguntou-lhe o Prof. Manoel, o senhor é meu amigo? Sou sim, Almir. Então, concluiu Almir, não me fale mais nesta história de viajar para Brasília. O Prof. Manoel Alcides, retornou, mesmo desarrumado, ao vice José Raimundo e participou-lhe a mudança, afirmando que a “orelha” de Almir Dutra, tinha convencido a desistir da ideia.

Este fato está no depoimento do Dep. Nonato Prado prestado à polícia, que de tudo sabia e concordava, mas agora com ar de morfa.

A Quinta, fez gestões junto a políticos importantes, mesmo não ligados diretamente a Maracanaú, mas com prestigio no Governo, como o Dep. Ubiratam Aguiar, e ainda junto ao Cel. Uirandê Borges, para conseguirem um empréstimo junto ao BEC – Banco do Estado do Ceará, para Maracanaú, a fim de minimizar a crise administrativa que estava atravessando aquela prefeitura, em consequência, deixando Almir Dutra, em situação cada vez mais preocupante.

Quem vivia cotidianamente com Almir Dutra, já sentia exausto das tantas dificuldades que vinha atravessando ao longo de 1986, parte, digamos a bem da verdade, cabe a sua irmã Prof. Lêda Dutra, pela ação centralizadora da máquina administrativa da Prefeitura, e sua posição divisionista, sempre ostensiva a tudo e a todos, e ao reportar aos Vereadores, dizia com ar de frágil superioridade: “ ninguém derruba o império da família Dutra”. Sim, derrubaram o mais proeminente membro, o mais importante, a pedra fundamental, demolindo por inteiro, toda a porvir da família, dos amigos de Maracanaú.

Contava Almir assim, além do ataque e da sanha dos adversários, com a ambição, e com a insensatez política de alguns aliados, ávidos do Poder, não sabendo eles, que concorriam para o fim de Almir Dutra, pois, era evidente o quadro de dificuldades que se encontrava Almir, ao final de 86.

Esse texto é parte da sinopse da história política de Maracanaú, ainda em rascunho, que enfeixará um livro com demais peças, mas necessárias e suficientes para se situar nos fatos lá ocorridos de 1984 até o dia 27 de fevereiro de 87, quando covardemente assassinara Almir Dutra.

Transcrito conforme o original.

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