A ADMINISTRAÇÃO ALMIR DUTRA
Propriamente dito, a gestão de Almir Dutra, começou no dia 5 de janeiro de 85. Neste mesmo dia nomeou o Prof. Manoel Alcides, como chefe do seu Gabinete. Escolha pessoal, como natural decorrência do seu trabalho, considerado por Almir Dutra, como decisivo na sua vitória. Existia, além disso, um cordial afinidade de tratamento, entre Almir Dutra e o Prof. Manoel Alcides, que mesmo sendo de temperamento um tanto irrequieto, foi depois, do seu pai, a única pessoa, que o Prof. Manoel Alcides, nunca discutiu e nem sequer levantou a voz, porque nutria por Almir Dutra, uma profunda admiração.
O Prof. Manoel Alcides se portou no cargo de Chefe do Gabinete de Almir com dignidade, competência e respeito à autoridade do se amigo, pois, os adversários, torciam para que existisse um atrito entre os dois. Se enganaram. O Prof. Manoel Alcides, embora chamado de eminência parda, nunca jamais desfigurou a autoridade do seu amigo, pois, tinha consciência de estar ali, pela amizade que Almir lhe devotava, e não podia assim decepcioná-lo, sobretudo, porque seria um prato delicioso ao sabor dos adversários, agora comuns, a Almir Dutra e ao Prof. Manoel Alcides.
A Primeira missão do Prof. Manoel Alcides, foi apaziguadora, conversando com os contrários, em busca de um amplo entendimento, a tudo, em comum acordo com Almir Dutra, embora, diante da existência de pessoas que desconversavam a Almir, para não aceitar qualquer aliança. Tal atitude era projetada mais tarde como a destruição da caminhada política de Almir, pelo desgaste natural do poder, resultando, no que deu, e hoje aqui neste momento e com amargura, lamentamos, o trágico assassinato de Almir Dutra. Foi, sem dúvida, o fruto da intransigência dos que não quiseram a aliança de Almir Dutra, o Sr. Paulo Alexandre, de acordo com Almir Dutra, e o convidou para ocupar a pasta de Zootecnia e finalmente com Alan Kardec, para pasta de esportes. Para espanto, no outro dia, estava Almir Dutra, nos microfones da Rádio Dragão do Mar, dizendo que o currículo de Paulo Alexandre só servia mesmo para jogador de futebol. Agia mais uma vez as vozes da insensatez política. Pois é uma máximas, que política é arte de conviver com os contrários.
Perseguindo a sua meta de conseguir apoio à admiração de Almir Dutra, após a nova posse da Câmara Municipal, começou o trabalho de aproximação dos Vereadores Pratinha e Gerson. Depois trabalho pessoal do Prof. Manoel Alcides, o apoio do Vereador Antônio Geraldo.
Não se esquecia o Prof. Manoel Alcides das providências fundamentais ao desenvolvimento de Almir Dutra, que era a liberação do ICM de Maracanaú, retido, por desentendimento com o Prefeito de Maranguape, de tal forma,, Almir era influenciado por todo Secretariado, menos pelo Prof. Manoel Acides, de entende a briga com o município de Maranguape, até a justiça. Sabendo que era o caminho mais longo, e ariscado, numa das memoráveis reuniões do Secretariado, todos falavam em prol da briga, e por tática o Prof. Manoel Alcides, permaneceu calado, quando Almir se dirigiu para ele e perguntou: por que o meu Chefe de estar calado? Respondeu o Prof. Manoel Alcides, emocionado: porque não desejo o seu fim. Esta briga será o seu fim. Então, Almir Dutra, tomou a decisão, de pronto: “ vá ao Dr. Libório Gomes, e feche o acordo”. Vencia mais uma vez Maracanaú.
Corroborando tudo aqui exposto, Almir Dutra, em declaração ao Jornalista Antônio Viana, assim se pronunciou:
“Foi graça ao trabalho do líder Manoel Alcides, que o município conseguiu em tempo bastante exíguo, solucionar todos os problemas que ainda existiam em relação ao município mãe, Maranguape, no que diz respeito à contas do FP e ICM “.
Câmara Municipal, e mesmo, pela sua sempre declarada admiração pelo Poder Legislativo, um Poder legitimado pela vontade soberana popular.
A falta do Prof. Manoel Alcides já se sentida e Almir Dutra já não encontrava firmeza que tinha, e todos sentiam que a administração de Almir caminhava pra o desagrado popular e era isto que o adversário queria e sonhava.
Então, o Prof. Manoel Alcides, em dezembro de 85, chamou o Vereador José Wisnton, para juntos esboçarem um plano de co-gestão de poder, pra ser entregue a Almir Dutra, e assim, construir um pacto politico em Maracanaú, com a participação de todas as tendências político-partidárias, com a finalidade de debelar as constantes e continuadas crises existentes, prejudicando a administração de Almir Dutra. Quando juntos, elaborando o esboço, no escritório do Dep. Nonato Prado, em cima da lanchonete Varanda, Almir passou por lá e presenciou a boa trama dos dois amigos seus.
Esse texto é parte da sinopse da história política de Maracanaú, ainda em rascunho, que enfeixará um livro com demais peças, mas necessárias e suficientes para se situar nos fatos lá ocorridos de 1984 até o dia 27 de fevereiro de 87, quando covardemente assassinara Almir Dutra.
Transcrito conforme o original.
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